Rozen Maiden

Título Original: Rõzen Meiden

Género: Comédia; Drama; Sobrenatural.
Demografia: Seinen
Director: Kõ Matsuo
Escrito por: Peach-Pit
Estúdio: Nomad
Lançamento: De 7 de Outubro de 2004 a 22 de Dezembro de 2004.
Duração: 12 episódios


"Hey! Where do you think you're going?
I cannot drink tea peacefully in here after all."



E se Chucky, o boneco assassino, de repente voltasse à vida?
E se o fizesse com um alter-ego bem mais polido e menos homicida?
E se voltasse de saia e touca e com um acento very british?

Nem assim passaria a ter um ar menos assustador.

Na verdade, eu calculo que muitos de vós seriam assolados por vários arrepios na espinha. Bem mais vigorosos do que propriamente aqueles que teriam ao ver o boneco a arremessar sucessivas facas de cozinha pelo ar.
Não descurando que, caso isso acontecesse teríamos em mãos várias questões. Como a seguinte: é Chucky travesti? E a sê-lo... surgiria a inevitável horda de problemáticas:

É o boneco Chucky gay?
É ele capaz de realizar devidamente a sua noiva? Será ele capaz de procriar?
Hum… era ele anteriormente capaz de procriar? (Agora que penso nisso).
É ele parente da Manuela Moura Guedes?
Não pelo facto de ter referido o termo travesti seus perversos!
Mas sim pelo facto de ambos falarem enquanto bonecos articulados.

Ah, mas esperem, estamos aqui a falar de Rozen Maiden!
Pois bem, a lógica é semelhante: um conjunto de bonecas caminha à face da terra com humor, feitio e dicção humana. Mais, por vezes algumas parecerão bem mais inteligentes do que o próprio Jun Sakurada, o jovem estudante que as acolhe.
Uma experiência no mínimo embaraçosa, não só pelo facto de este rapaz viver com bonecas vitorianas no quarto; não só por andar com estas ao colo… não só por ser praticamente subalternizado à condição de escravo das mesmas mas, imaginem, ele chega ao ponto de desenvolver um relativo desejo por uma das bonecas… e pelos constantes “blushes” eu questiono mesmo o cariz desse desejo… se simplesmente afectivo, se amoroso ou se...

Não… uma boneca não pode ter… (mas fala sem laringe) … mas não pode ter lá em baixo uma v…
Glup!

Enfim, o que esperar de um rapaz traumatizado, fechado em casa e que se recusa a ir às aulas levando os dias inteiros a encomendar tralha virtual? O melhor de tudo é que a irmã acha grande parte disto tudo… normal (o choque)!
E depois disto lanço a pergunta devida: tem a irmã de Jun Sakurada um cérebro? Se sim vote 000000001, caso contrário prima o número 000000002!

Anyway, como podem constatar por vós mesmos trata-se realmente de um anime que despoleta em nós toda uma capacidade de manifesta e pertinente reflexão. Ou, pelo menos, consegue atiçar um delicioso sentido de humor. Não é todos os dias que um anime coloca no chão da nossa sala um grupo de bonecas a bebericarem tranquilamente do seu chá. E, só pela abordagem realmente original, Rozen Maiden começa a pontuar.

A história no entanto é demasiado linear e inexpressiva num sentido literal: outrora um homem gerou um conjunto de bonecas (tal qual Gepetto), atribuiu-lhes um nariz pequenino e um aspecto bastante realista mas lançou entre estas uma batalha…
Shinku, a boneca vitoriana de Jun, utilizará assim os seus valores morais ao longo da batalha que deve ser efectuada contra as próprias irmãs. O objectivo primário é nada mais do que a aquisição da perfeição – está em disputa o título de Alice – uma vez derrotadas todas as outras concorrentes.

Não, não estou a falar da Miss Universo.

Ao longo da série cedo perceberemos que as lutas serão muito fraquinhas, que nada de muito transcendente irá decorrer e na verdade, que elas tenderão mesmo a agrupar-se e a conviver de forma muito pacífica.
Claro que existirá uma mais endiabrada mas cedo e numa dimensão paralela ela será devidamente confrontada. O que torna a acção neste anime particularmente aborrecida.
Os aspectos técnicos em qualquer uma das vertentes está longe de atingir a glória e no entanto, é talvez a própria OP (e também a OST) o elemento mais interessante no total conjunto de elementos gráficos, sonoros ou literários.

Estou certo de que alguns estarão neste momento a nutrir a vontade – quase insustentável – de me crucificar (e com razão talvez), mas na minha opinião Rozen Maiden é trabalho para sacar de apenas 4 chávenas de chá.

Nota: O sabor é opcional.
Rating - 4/10

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