Género: Romance; Drama
Autor: Satoshi Kon e Sadayuki Murai
Director: Satoshi Kon
Estúdio: Madhouse
Emissão Original: 28 de Julho de 2001 (14 Setembro 2002 no Japão)
Duração: 87 minutos.
I hate you more than I can bear. And I love you more than I can bear.
Storyline: Um estúdio de cinema está prestes a ser demolido. Um entrevistador, Genya Tachibana, procura então a maior estrela daquele estúdio, Chiyoko Fujiwara, que se isolou desde que deixou de representar. Condição que se terá mantido por 30 anos.
O real intuito da demanda de Tachibana prende-se com a necessidade de entregar à ex-actriz uma chave, a qual remete a mulher numa longa reflexão onde narra a história de uma notável carreira.
Tachibana acaba por compreender que a chave de Chiyoko foi-lhe primeiramente entregue por um jovem pintor revolucionário. Chiyoko na sua juventude, terá ajudado o rapaz a escapar a uma perseguição levada a cabo pela polícia e como corolário desta acção a rapariga acabou por se apaixonar pelo rebelde que instintivamente auxiliou.
Tachibana compreende também qual a principal razão que levou a rapariga a seguir o cinema e também como esta foi tão boa nos sucessivos papeis que interpretou: fazer-se notar. A procura de Chiyoko foi persistente e inteligente - já que ela não sabia onde o pintor se encontrava... então se ela se mostrasse suficientemente ao mundo, ele saberia onde a encontrar.
[last lines]
Chiyoko Fujiwara: The part I really loved, was chasing him.
Chiyoko Fujiwara: The part I really loved, was chasing him.
Senior Manager of Ginei: Our new movie is in Manchuria, it will cheer our soldiers... and the people of our nation! Certainly... Chiyoko wants serve to her country!
Mother: Perhaps, but this girl is too shy to be an actress, she will find a husband and they will take care of our shop.
[the mother looks to Chiyoko]
Mother: Isn't so?
Senior Manager of Ginei: Is more important for you a candy store than serve to our nation?
Mother: Does a woman does not serve her nation better staying at home and taking care for her children?
Mother: Perhaps, but this girl is too shy to be an actress, she will find a husband and they will take care of our shop.
[the mother looks to Chiyoko]
Mother: Isn't so?
Senior Manager of Ginei: Is more important for you a candy store than serve to our nation?
Mother: Does a woman does not serve her nation better staying at home and taking care for her children?
The Man with the Scar: Playing truant are we? Off to meet some human rights agitator?
Chiyoko Fujiwara: I don't understand...
The Man with the Scar: We know it's you. He left you a little memento on the storeroom wall.
Chiyoko Fujiwara: He did?
The Man with the Scar: That's all we need to know. We'll continue at the station.
Chiyoko Fujiwara: I don't understand...
The Man with the Scar: We know it's you. He left you a little memento on the storeroom wall.
Chiyoko Fujiwara: He did?
The Man with the Scar: That's all we need to know. We'll continue at the station.
Chiyoko Fujiwara: The full moon...
The Man of the Key: It won't appear tomorrow, but I like This moon better. After the full moon begins to wane. But after fourteen nights, starting tomorrow, I hope to see it again. I gotta go.
Chiyoko Fujiwara: But, you are hurt!
The Man of the Key: My friends are fighting in Manchuria. The painting is not of much help.
The Man of the Key: It won't appear tomorrow, but I like This moon better. After the full moon begins to wane. But after fourteen nights, starting tomorrow, I hope to see it again. I gotta go.
Chiyoko Fujiwara: But, you are hurt!
The Man of the Key: My friends are fighting in Manchuria. The painting is not of much help.
Crítica: Excelente! E com esta palavra encaminharia todos os demais curiosos para a visualização de uma tela em todas as frentes meritória.
Ao assistir Millennium Actress encontrei um argumento genialmente articulado... assente numa matriz que vai de encontro ao romance mas que sabe extravasar essa barreira e exigir novos mundos. Uma rapariga que se apaixona por um anarquista e que corre atrás do amor espontâneo e incondicional, optando pela carreira de actriz, profissão ideal na época para a transmissão de uma mensagem - "Eu estou aqui e ainda e sempre, à tua espera" - sendo que nesta carreira encontra também os meios para perseguir um sonho, os instrumentos que a transformam numa estrela no mundo do cinema: um movimento circular de simples cariz mas inegavelmente eficaz em termos de texto.
Não enalteço esta obra quanto ao traço apresentado (não é dos mais atractivos) mas faço sim a distinção de como o realizador optou por uma montagem brilhante assente em opções cénicas inventivas e correlacionando-as directamente com uma história que entra em crescendo nos dados narrados presencialmente pela protagonista (já idosa e pela visão e imaginação dos entrevistadores) estabelecendo-se uma sequência de cenas encadeadas que vão desde o presente aos papeis efectuados por Chiyoko, ao passado da protagonista e como este se articula com a sua forma de representar e (não descurando a cereja no topo do bolo) com a forma como são inseridas verdadeiras referências à realidade política no Japão, às divisões internas, aos dados da vida civil e mesmo às próprias guerras em escala mundial, em determinados segmentos históricos.
A personalidade das personagens (sobretudo a de Chiyoko) encontra-se particularmente bem delineada e toda uma panóplia de simbologia ganha ainda destaque ao longo do trabalho de Satochi Kon: temos a flor de Lótus que representa a pureza de um sentimento ou a chave que estabelece a ponte para um amanhã melhor - esperança - onde nem para além da morte deixará de ser perseguido um objectivo. Em última instância, acabaremos por compreender como o próprio homem que Chiyoko amava constituía apenas mais um dos símbolos dispostos.
10/10
Que lindo! Me lembrou os filmes do estúdio Ghibli!
ResponderEliminarFoi o grande vencedor na Feature Film Award do Festival Animation Kobe... quanto a mim totalmente merecido! Eu nem esperava gostar de um filme deste género mas felizmente enganei-me xD
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