Mais uma obra do grande mestre nipónico. 1986.
- De novo a mãe-natureza surge como problemática central e de novo também surge o bicho homem no encalço por poderes e riquezas que não conhece ou domina. Anexemos a isto a habitual parelha juvenil apresentada por Miyazaki e temos definido o padrão narrativo que nos alheará do mundo ao longo das próximas duas horas.
- Surgem também os habituais elementos vinculados ao labor do homem: neste caso sendo-nos introduzida uma vila mineira graficamente estruturada como esperado de forma inventiva, e fusionando fantasia e realismo com grande perícia.
- Miyazaki aproveitou para privilegiar os primordiais elementos da natureza: vento, terra e água. O fogo a meu ver, encontra-se também ele presente na maior parte das obras de Hayao mas enquanto elemento dominado pelas ambições e acções do ser humano.
- Em suma, o enredo foca-se em torno de um castelo flutuante há muito perdido, transformado numa verdadeira caça ao tesouro por vários partidos, eleva em paralelo um envolvimento ternurento entre a parelha protagonista e por fim, através do contraste entre a beleza fulgurante da natureza com o estado caótico gerado pelo Homem formula-se uma derradeira ruína de redenção, sublinhando-se os votos de renovação da relação do ser humano com o meio ambiente que tanto lhe é necessário.
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