Fate Stay Night

Título Original: Feito/Sutei Naito

Género: Acção; Romance; Sobrenatural; Thriller.
Demografia: Shõnen
Autor: Type-Moon
Director: Yuji Yamaguchi
Estúdio: Studio Deen
Emissão Original: De 6 de Janeiro de 2006 a 16 de Junho de 2006
Duração: 24 episódios.


“Being in the same time… and look up at the same sky… If I can remember that, then even if we are far apart from each other, I believe we can be together”

Por momentos auspiciei um outro patamar para Fate Stay Night.
Dizer isto é sinal de que, de facto e após um início que nos agarra ao ecrã, a sustentabilidade desse nível inicial perde-se quando na direcção do final. Lentamente, como que nos torturando o paladar com algo doce que nunca acabará por ser ingerido. Como a promessa de uma nova flor que nunca chegará realmente a florir nem a mostrar ao mundo a total potencialidade dos seus encantos.
E é pena porque este trabalho tinha margem para isso, considerando todo um background quer em manga quer em jogo que à partida concederiam as premissas para um anime consistente e amadurecido.

História

Uma violenta guerra desponta em Fuyuki City. Uma guerra cíclica, sem fim mas que decorre na sombra à margem do conhecimento da população.
Sim, trata-se de uma contenda de cariz muito diferente pois os intervenientes são em número reduzido e encontrando-se divididos em duas castas: mestres e servos. E não, não vou fazer daqui uma piada de foro sexual – mas apetecia.

Os mestres são magos dotados de alguns poderes, ainda que muito longe de um Seiya ou de um Songoku. Ainda assim têm ao seu dispor um servo associado a uma tipologia de arma ou de índole guerreira (quer seja espada, lança ou arco por exemplo). Algumas lendas serão brevemente referidas, como a associação directa da Saber à Excalibur. Os próprios servos personificam legendários guerreiros do passado.

Qual o objectivo da contenda?
Sete magos envolvem-se numa Battle Royale, a qual tem como troféu o Holy Grail… algo com o poder suficiente para tornar alguém no senhor do mundo – típico. E, por esta mesma capacidade o Grail é extremamente apetecível, excepto precisamente para Shirõ Emiya, um rapaz onde é notório a existência de um poder adormecido mas o qual este ainda não domina. Saber é aparentemente e, de forma casual, invocada por Emiya – a conexão entre ambos ao início, confusa e atabalhoada, acabará eventualmente por evoluir para um outro nível onde sacrifício, confiança e empenho poderão subentender muito mais do que uma mera aliança entre mestre e servo.
Algumas regras interessantes darão uma forma mais concreta ao curso que a trama toma, no entanto uma aura infantil e alguma indefinição das personagens mais periféricas tornarão Fate Stay Night numa história sem grande profundidade.

Ambiente/cenário


Uma vez mais a escola surge como elemento privilegiado. Parece tornar-se cada vez mais repetitivo a utilização deste elemento cénico do qual serão apenas ilibados os seus precursores. O que não será o caso de Fate Stay Night.

(Sim, já sei, ora se a maioria dos protagonistas das séries de anime são jovens estudantes, pela lógica a escola será sempre um lugar a destacar – still boring!).
O ambiente é também contemporâneo apesar de todos os traços medievais cunhados em algumas personagens e é à noite que o sumo da festa acontece… bem longe de olhares mais curiosos e indevidos.

Lutas


Um dos elementos de manifesto interesse deste anime. Sem atingirem qualquer valor épico, a verdade é que os duelos conseguem, no mínimo, entreter. Cumprem assim o seu papel mas não posso também deixar de criticar isso mesmo: apenas os serviços mínimos foram assegurados pois havia espaço para mais e melhor. Uma menor carga infantil e um pouco mais de balanceamento para a acção e Fate Stay Night atingiria facilmente outra cotação.


Personagens


Do bom ao simplesmente mau. Saber; Emiya; Archer ou Rin Tõsaka detêm perfis psicológicos cativantes e aliciam-nos a acompanhar a sua aventura. Outros tantos acabam por passar muito ao lado sem que as suas intenções sejam sequer devidamente evidenciadas. Ainda assim não posso deixar de atentar nos “servants” cujo traço está muito bom e com um guarda-roupa que complementa devidamente o figurino.


Aspectos técnicos


Excelente em alguns momentos. Falo obviamente da qualidade gráfica deste anime: muito bom mesmo, quer no desenho quer nas cores quer na nitidez. A dinâmica presente na animação esteve também à altura e a OST ainda que não sendo magnífica, está no mínimo de acordo com o contexto e com os requisitos necessários para esta obra.


E talvez seja mesmo este último factor em análise a transportar FSN para o 8.
Uma nota tremida mas ajustada pela extinção das casas decimais neste blog.

8/10

Sem comentários:

Enviar um comentário