Devil May Cry


Título Original: Devil May Cry

Género: Acção, Sobrenatural.
Director: Shin Itagaki
Estúdio: Madhouse.
Original Run: 14 de Junho de 2007 a 6 de Setembro de 2007.
Dimensão: 12 episódios.


"The smell of blood here is more cloying than the smell of alcohol though."


Deste Devil May Cry diria algo como: “um bónus para todos os fãs do jogo”.
E acredito que isto resumiria particularmente bem o anime.
Senão vejamos, Devil não nos trás nada de novo, é uma série erigida num formato bastante reduzido e o enredo é tão limitado que o poderia descrever numa única frase – Dante está falido e debate-se com uma dívida financeira, a qual combate trabalhando no seu devil-hunting business onde através de sucessivas missões vai aniquilando demónios.

Fim.

Vá, pronto… sempre poderão encontrar o protagonista acompanhado por uma pequena menina mimada e outras duas que, sendo mais crescidas, só lhe darão dores de cabeça – típico do universo feminino – Fim? De novo?

Bem, se procuram um pouco de conhecimento mais assertivo então eu vou-me debater para vos enunciar alguns pontos...

Um dos quais pode ser encontrado no número de episódios (12) – é pequenino, é verdade – mas o que realmente desiludirá não será o tamanho (este tipo de mini formato não constitui novidade) mas sim o desempenho!
“E porquê?” perguntar-me-ão…
E eu respondo: ao longo de cada episódio compreenderão que estes são desconexos, ou seja, episódios que abordam missões isoladas sem qualquer tipo de interligação.
Apenas nos 2, 3 episódios derradeiros poderão encontrar alguma ponte de ligação com o primeiro episódio da série dando-nos a noção de que o script foi esquartejado, amachucado e depois colado à pressão legando-nos um buraco de 4 ou 5 missões absolutamente inúteis que em nada contribuem para a percepção da trama… o que num anime tão reduzido pode realmente provocar danos.
E provocou.

Reforço aqui a primeira indicação que vos dei… temos em mãos um trabalho que apenas pode ser encarado enquanto um bónus, um apêndice do jogo.
Na verdade, vários dados de Devil May Cry partem do jogo em si e não das séries reduzindo-lhes manifestamente a sua autonomia.
Aos que nunca jogaram Devil tenderão possivelmente a considerar a história ainda mais superficial do que ela já aparenta ser mesmo com o jogo enquanto muleta.
The script… well… is there even one?

Entretenimento?
Fraquinho… as lutas poderiam estar melhor conseguidas, assim como o design dos próprios demons, ao contrário do que sucede com a fluidez encontrada nos jogos (Ahh, modo nostálgico activado).

Whatever, activando antes o modo picuinhas, até acredito que o próprio ambiente do jogo poderia estar muito mais negro e retorcido.
Enfim, no fundo este anime relembra-me um pouco da essência americana presente em alguns tipos de animação… Enredo? Para quê quando temos armas elegantes e convenientemente temos também demónios para as empregar?
Não descuremos ainda a adrenalina de uma boa competição entre motas – típico.

Bem, já chega de ser mauzinho.
Eu até aprecio Devil May Cry e ainda que este anime não me vá marcar, pelo menos os jogos conseguiram-no fazer – mas sem transcendências diga-se.
Apesar dos aspectos mais negativos, a trilha sonora foi feita à imagem dos jogos (mediana mas eficaz) e em termos de efeitos sonoros e grafismo a coisa também não ficou nada má… diria até que Devil May Cry tem uma qualidade em termos gráficos que foge infelizmente a outros trabalhos com maior profundidade pelo que, confesso, nos aspectos técnicos a coisa tem saldo francamente positivo.

Aos que já conhecem e apreciam os jogos, encarem isto como um bónus, quanto aos outros… não imaginem que assassinarão aqui o vosso tempo, mas também não partam para isto com as expectativas elevadas pois facilmente encontrarão ao virar da esquina um anime melhor para se manterem entretidos.

Rating - 4/10

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