Hiroyuki Okiura dirigiu, Mamoru Oshii redigiu. 1999.
- Numa sociedade mergulhada num turbilhão político surgem facções revolucionárias que através do terrorismo procuram destabilizar o governo e as forças policiais. Uma elite militar intervém no conflito. É neste contexto que floresce a narrativa deste trabalho e a qual toma como epicentro uma constante analogia à história do capuchinho vermelho: os homens desta elite actuam em matilha mas são lobos solitários, dotados de uma personalidade fria e conturbada por experiências agressivas. Um deles encontrar-se-à no centro de uma trama política que o pretende usar como bode expiatório para novas transformações internas dentro das várias organizações policiais – mas este lobo é guarnecido pelos lobos companheiros e a contenda encontrará um ponto de equilíbrio. Emocionalmente no entanto, este lobo acaba por se envolver com o capuchinho vermelho, forçando-o a esbarrar com dois possíveis caminhos: o de assassinar este capuchinho vermelho e continuar um lobo ou prosseguir caminho enquanto um Homem. Mas uma besta, mesmo sonhando e vivendo como um homem, nunca deixará de ser uma besta...
- A narrativa está portanto bem formulada, encontra um cenário gélido, turbulento e emana as devidas linhas emotivas, atingindo um clímax emotivo bastante interessante. A paleta de cores e o traço parecem-me apropriados ao quadro retratado e a sonoridade escolhida é um elemento notavelmente bem alinhavado ao decurso da acção.
- Contém cenas com alguma violência assinalável e certamente o alvo deste labor foge a um público mais infantil. Recomendo.
-9-
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